Mais de douscentos títulos da colecçom DOCUMENTOS PARA A
HISTORIA CONTEMPORÁNEA DE GALICIA tem tirado do prelo Ediciós do Castro,
já hai anos desaparecida de morte matada.
Nestes ingratos tempos de involuçom
democrática no nosso país e mais no Estado espanhol e na Europa toda, constitúe
um capítulo singular o eclipse dumha editorial que, se por algo vai ser botada
em falta, será por essa concreta série de títulos que na nossa Terra contribuíu
decisivamente à recuperaçom da memória dos que estiverom silenciados durante
décadas, eles e os seus achegados.
Ediciós do Castro, filha do Laboratorio
de Industria e Comunicación, nascida no Castro de Samoedo (Sada) em 1963 (e
posteriormente incorporando a Editorial e Imprenta Moret da Corunha),
publicou, com anterioridade a dita colecçom, obras fundamentais de e para a
nossa cultura, nos mais diversos campos: teatro, narrativa, poesia, arte e
ensaio de toda caste: filologia, história, economia, ecologia... Mesmo
reediçons como O Divino Sainete ou Terra de Melide ou betsellers
(que o termo nom seja malinterpretado) como as Memorias dun neno labrego,
por nom citarmos mais que algumhas criaçons insoslaiáveis. Nom devendo
esquecermos as séries focadas ao Seminario de Estudos Galegos e aos Cadernos
do Seminario de Sargadelos, do Laboratorio de Formas e do Laboratorio
Xeolóxico de Laxe.
Esta desapariçom dolosa e dolorosa,
nom por anunciada deve ser menos lamentada, mália o tempo passado, mais de um
lustro, de tal insucesso, e todos quantos fomos beneficiados pola generosidade
e bonomia de dom Isaac Díaz Pardo -uns publicando e muitos mais lendo- temos o
dever de practicar este a jeito de ofício de trevas, quando se está a falar, a
maiores, doutras mortes editoriais galegas.
Na medida em que um povo perde os
seus instrumentos de comunicaçom e expressom (neste caso tendo produzido mais
de 1.300 títulos devidos a mais de 700 autores em quase meio século de
existência viçosa), empobrece-se e de calarmos perante tal feito concreto
seríamos, a mais de malnascidos, cúmplices de semelhante assassinato.
A barca de Caronte, de Díaz Pardo |
(Isto, redigido em Montevidéu, março
de 2011, e publicado esse mesmo ano na revista Areal, de Sada, apenas
tem sido actualizado).
Pola cópia, Nuneslopes, Corunha,
2016.
Moi interesante e necesario o artigo sobre Isaac, agardmos que non sexa o único ,e que se nos faga recordar a valía deste gran galego
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