xoves, 1 de xullo de 2021

Un poema a Soledad Penalta

 

Con motivo da exposición de Soledad Penalta no Kiosco Alfonso de A Coruña, reproducimos o poema que Xosé Devesa lle dedicou con motivo doutra mostra da súa obra en 1985 e que aparece no catálogo da mesma.

 


VIM ESSES TEUS CAVALOS

com os belfos sedentos de ar

como emanando

do mais recôndito do magma primigénio

-Que nom dariam de si

numha perspectiva mais generosa

a galoparem/voarem num cenário

amplo

e inteligentemente iluminado!

 

E qual se dumha lava atormentada se tratasse

vim-nos

-anúncio da liberdade procurada-

liberando a sua magnífica força telúrica

e convidando-nos a segui-los na aventura.


 

O jogo verbal impom-se

e cobra vida própria

se digo que desde a soedade dessa pena alta

tu

saudade

ermitá fecunda

nos dás quanto de melhor tés

fas-nos partícipes da tua revelaçom/revoluçom

a comungarmos

atravês do milagre de formosura que tu crias

com a Terra Nossa

com a Terra toda.

 

Corunha, 28-09-1985

 

                                                JOSÉ DEVESA

 

Ningún comentario:

Publicar un comentario