Con motivo da exposición de Soledad Penalta no Kiosco Alfonso de A Coruña, reproducimos o poema que Xosé Devesa lle dedicou con motivo doutra mostra da súa obra en 1985 e que aparece no catálogo da mesma.
VIM ESSES TEUS CAVALOS
com os belfos sedentos de ar
como emanando
do mais recôndito do magma primigénio
-Que nom dariam de si
numha perspectiva mais generosa
a galoparem/voarem num cenário
amplo
e inteligentemente iluminado!
E qual se dumha lava atormentada se tratasse
vim-nos
-anúncio da liberdade procurada-
liberando a sua magnífica força telúrica
e convidando-nos a segui-los na aventura.
O jogo verbal impom-se
e cobra vida própria
se digo que desde a soedade dessa pena alta
tu
saudade
ermitá fecunda
nos dás quanto de melhor tés
fas-nos partícipes da tua revelaçom/revoluçom
a comungarmos
atravês do milagre de formosura que tu crias
com a Terra Nossa
com a Terra toda.
Corunha, 28-09-1985
JOSÉ DEVESA
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