martes, 3 de xuño de 2014

UM APELIDO. UM NOME.




Por UM-DO-CHAO. 
                                                                                             
                                   CASAL, CASAIS, CASÁS.
O apelido.
            Para os que opinamos que, a exemplo doutras línguas, no galego-português, como no castelhano-espanhol, bem se poderia prescindir da acentuaçom gráfica… marcaria-nos umha contradiçom o caso que hoje traio para vós. Trata-se de apelidos nossos que, segundo a acentuaçom, terám diverso significado. Sem ir mais longe, aí temos CAÑAS e CAÑÁS, NOVAS e NOVÁS… CASAS e CASÁS.
            Cañás (que é muito corunhês, como Novás muito pontevedrês, falo de comarcas, nom de províncias) fai-me cavilar nesse aparente castelhanismo, pois a palavra-base galega é cana, co seu abundancial Canaval (topónimo e apelido), e Cañás seria plural de Cañal (apelido castelhano)… mas é que Cañás é mesmo topónimo carralês… E é que as línguas nom som fenómenos precisamente matemáticos…             Novás si que é umha má versom de Nabás/Nabais, é dizer, prantaçom de nabos… por mais que a versom malacentuada, Novas, remeta traiçoeiramente a novo.
            Pois com Casas e Casás a cousa é bem mais simples, dado que com serem conceptos diferentes, ambos mamtêm-se no ámbito único da palavra-base: casa. Isso si, no primeiro caso é plural desta palavra, em quanto no segundo é-o da derivada casal (abundancial: conjunto de casas, casario), coa sua variante Casar e o seu plural Casares, todos eles apelidos (toponímicos, pois).
            O problema aquí radica na sua coincidência co castelhano em Casa, Casas, Casar e Casares. Ora bem, como no suposto de Castro, concretamente Casal é maismente nosso, pois que está estendido por toda a nossa geografia. Quanto a Casa, temos como exclusivo o apócope Cas’ (para a toponímia: Cas Caxide) e mesmo, aventuro, Ca’ (para a onomástica (Ca Giao).
            O complicado é, daquela, determinar quantos Casas actuais forom Casás: no mesmo repertório de apelidos que contém a página ilg.usc.es/cag (Cartografía dos apelidos de Galicia), ao nom se utilizar o acento gráfico, nom atopamos resposta a tal incerteza. E se imos aos onomatólogos ao uso… meudéus!, para eles: Casa é aragonês, Casas andaluz, Casal asturiano, Casar castelhano… e Casares basco! Depois estám os compostos Casanova (galego e catalám) ou Casavella (galego) ou Casamajó (catalám), etc., etc.
            Exemplo peculiar o do famoso alcalde corunhês (e presidente da Academia Galega) Manuel Casás (1867-1960), assi acentuado, cujo avô era da larachesa freguezia de Monte Maior; o único topónimo Casás que regista a Gran Enciclopedia Gallega é, em cámbio, sito no concelho de Moeche.
A personagem.
Julio J. CASAL (1889-1954), uruguaiano, de pai ribadense, poeta, cónsul na Corunha e, sobre isso, director da sonada revista internacional corunhesa Alfar… que el proseguiu em Montevidéu. (Na Corunha saíu o seu livro Árbol).

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