venres, 23 de maio de 2014

UM APELIDO. UM NOME.


            Por UM-DO CHAO.
VILA, VILAR, VILARIÑO…

O apelido.
Juan José Castelli VILLARINO
            Estoutro dia citamos a VILA como um desses apelidos que compartilham várias línguas, neste caso, galego-português e italiano. Igualmente acontece co seu derivado VILAR, que pertence a nós como aos ocitanos ou naturais do Languedoc (langue d’Oc).
            Quando menos um par de anomalias sofre o apelido VILA (co seu plural VILAS e os derivados VILAR e VILARINHO).
Umha: a sobrevivência, em muita percentagem, do arcaísmo com dupla consoante “l”, assi: VILLA/VILLAS (por mais que este plural nom é habitual na Galiza), VILLAR/VILLARES, VILLARIÑO, que haveria que pronunciar como se dum “l” só se tratar, mas que, ao coincidir (Villa, Villar) co castelhano, fai duvidar de qual língua forma parte (veja-se Pintos y Villar, Villar Ponte…). (Nom parece que isso tenha ocorrido co outro diminutivo VILELA). Outro tanto passa com alguns dos compostos de natureza toponímica, tal o apelido VILALVA/VILLALBA (que se simultaneam em áreas galega e castelhana).
Tomás Villalba
Duas: quando se escreve Davila, por DA VILA, dá-se quase automáticamente, cum simples troco no acento, a passagem a Dávila. Entom, para entender-nos, um “da vila” galego converte-se num “de Ávila” castelhano, muito freqüente assi deturpado… evocando o que se tem abundantemente feito em países sul-americanos co apelido português Coelho até converté-lo no espanhol Cuello (¡).
Tocante a Villariño, abonda com riscar-lhe o til (que agora, baixo o nome de “ceñe”, anda a canonizar no seu logotipo o concelho corunhês) para o converter em Villarino, tamém muito registado aqui, com esse feitio aleonesado (é dizer de Leom).
E digamos, por fim, que esta VILA e os seus derivados procedem do latim, e começou denominando umha casa (daí mesmo o costume castelhano de chamar  “villa” –exemplo: Villa María- a umha vivenda com certa fachenda e jardim, vulgarmente conhecida co galicismo suíço chalé)… e, com posterioridade, se extendéu ao conjunto delas a formarem umha cidade, cativa ou comprida.

As personagens.
Idea VILARIÑO
Hoje vemo-nos obrigados a nos centrar nos dous países platenses, assi:
1 Juan José Castelli VILLARINO (1764-1812), argentino avant la lettre, “El orador de Mayo”, advogado e político, um dos homes da Junta portenha de 1810, neto do viguês Fernando de Vilariño.
2 Tomás VILLALBA (1805-1886), uruguaiano, empresário e político, fugaz presidente da República, fillo do galego Antonio Villalba Cova.
3 Idea VILARIÑO (1920-2009), uruguaiana, poeta de alto valor e docente de Literatura, neta de Leandro Vilariño e Dolores Lavandeira, de Ponte-Ceso de Cabana-Cesullas).

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