Por UM-DO-CHAO
LOUSADA,
MOURE/MOURELOS, PIÑEIRO
Os apelidos.
Manuel Lozada |
LOUSADA, que tem raízes pré-latinas,
universalizou-se como Losada e vem de lousa
(também apelido), que é a losa ou pizarra castelhana, a llosa catalá (outro apelido): por isso
atribuimo-la ao mundo mineral, com
parentesco semántico co apelativo Lapido,
ambos funcionando como topónimos. No país alcançou estatus nobiliário. E
na práctica lousado/a aplica-se tanto a un telhado como ao chao, mesmo a umha
calçada.
MOURE é forma procedente do nome
próprio latino Maurus que, por sua
volta, se aplicava a indivíduo de pel morena, moura, e daí a toda umha regiom
da África, parte da qual hoje constitúe a Mauritánia: por mais que se adoita
descrever o processo inversamente, como que os habitantes norocidentais
africanos se chamavam maurii e daí os
romanos tornarom o gentilício em adjectivo qualificativo para qualquer bronzeado…
El Cura Morelos |
Moure nom parece haver em Portugal (onde
si hai Moura e Mourao, o aumentativo, ambos topónimos): comuns, em troca, temos
Mouro, que é o moro castelhano, e os
diminutivos Mouriño/Mourinho e Mourelos/MOURELOS… talvez podendo se incluir no
grupo o apelido e topónimo Mourelle. E os mouros ou gigantes das lendas? Pois
tamém teriam a pel moura (hoje tam desejada, daquela temida, como estranha)… e
o seu nome bem puido inspirar-se –por esse mesmo medo- nos mouros modernos ou
muçulmanos. Aí tedes, pois, personalizado no home de pel moura, o mundo animal.
Quanto a PIÑEIRO/PINHEIRO é bem
doado de entender ser do reino vegetal
e muito nosso. Compartilhado com Portugal, M. Ferrín conta-nos como vem do
latim pinus, que déu pinho; mas seique a variante pinheiro procedería do fruito do pinho, a pinha (do latim pinea).
Produz certo reparo a utilizaçom entre nós (a começar polo poeta Pondal) da
variante Pino, castelhanismo a todas luzes, mesmo pervivendo na toponímia e na
onomástica à par do legítimo Pinheiro.
As personagens.
José E. Rodó nun billete do Uruguai |
Manuel
LOZADA (1828-1873), mexicano, guerrilheiro que morréu fuzilado, apelido que
adoptou de quem o criou.
José
María MORELOS (1765-1815), mexicano, um dos pais da independência, também
fuzilado: evidente castelhanizaçom do galego Mourelos.
Erin
MOURE (1955), canadiana, escritora, bisneta de Juan Moure Lobariñas, de
Crecente.
José
Enrique Rodó PIÑEYRO (1871-1917), uruguaiano, pensador de trascendência
latinoamericana, neto de Nicolás Piñeiro, de Doso-Narón.
Marcelo PIÑEYRO (1953), argentino, director e guionista cinematográfico.
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