domingo, 13 de xullo de 2014

UM APELIDO. UM NOME.



Por UM-DO-CHAO.
ACUÑA E FARÍAS.

Os apelidos.
Godoy y Álvarez de Faría
            Hoje traemos dous apelidos realmente portugueses, porque correspondem a topónimos lusos, mas que tenhem decisiva presença na Galiza.
            Para comezarmos, ACUÑA é a versom espanholizante do DA CUNHA original. Hai três freguesias (paróquias) Cunha no norte português (em Braga, Viana e Viséu)… por mais que nas Astúrias e no municipio de Teverga exista um núcleo Cuña.
            Ao pasar à nossa terra, o nome de família sofréu –além do troco de nh por ñ- o que já temos explicitado (ver apelidos Campo ou Costa), o fenómeno da aglutinaçom:  prescindindo da partícula D’, ficou-lhe aderida a partícula ‘A… resultando assi Acuña: a diferência de Do Campo ou Da Ponte, aqui estamos perante um topónimo cabal, neto, val dizer, o nome, de origem confussa, dum núcleo (ou núcleos) determinados, que nom é o caso dos outros referidos a fenómenos geográficos ou topográficos globais ou puros: Costa, Val, Paço, Vila, entende-se?
Manuel Acuña
            Demostraçom patente e relativamente recente do dito, temo-la no indivíduo decimonónico –citado ao tratarmos o apelido Figueroa- Francisco Acuña, cujo pai galego, na documentaçom do Salzedo natal, figura como Da Cuña. (Nas Américas, por certo, temos visto um Da Cunda que bem parece umha deturpaçom mais do apelido que nos ocupa). 
            Ora, FARÍAS é um FARIA que tamén foi agredido na sua integridade original. Topónimo, segundo sabemos, único, e do concelho de Barcelos, por umha parte pluralizou-se (a exemplo de Bento/s, Brito/s, Pinto/s, etc.) em terras hispanofalantes. Pola outra, nalgum suposto bem concreto -é o que tem acontecido coa personagem que logo citaremos-, trocando a acentuaçom, de Farías para Fárias (utilizamos o acento para enfatizar).
            Sabido é que as normas de acentuaçom gráfica diferem de espanhol a português; esta língua rompe o ditongo e fai: Fa-ri-a, prescindindo assi do acento gráfico que em espanhol é necesario, so pena de, coa sua ausência, desplazarmos a pronúncia para Fárias… como sucedéu no norteamericano México… processo muito comum tamém na América centro-sulina, onde tudo trocam: Tarrío para Tárrio, Cossío para Cóssio, etc., etc.
   
Juan Cunha
        
(Pois esta pessoa é a causante de tratarmos um apelido nom estritamente galego, dado que as fárias da Corunha, que chegarom a mais que centenárias, forom famosas mentres durarom…).
As personagens.
1 Manuel Godoy y Álvarez de FARÍA (1767-1851), pacense, de ascendência materna portuguesa, político de bem conhecida e vituperada actuaçom na Espanha do seu tempo.
2 Heraclio FÁRIAS Vargas-Machuca (1841-1913), mexicano (seique de ascendência galega), inventor da máquina, vendida à Tabacaleira espanhola, que fabricou às fárias.
3 Manuel ACUÑA (1849-1873), mexicano tamém, poeta romântico, morto bem novo.
4 Juan CUNHA (1910-1985), oficialmente Da Cunha, uruguaiano e importante poeta.

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