Por
UM-DO-CHAO.
PEREIRA/PEREYRA/PÉREIRE…
O apelido.
Típico
apelido botánico ou da flora. Reparade como as árvores, maiormente as frutais,
adoitam ser no galego-português –mas nom sempre: limoeiro, pexegueiro, pereiro,
castinheiro…- de género feminino: pereira, nespereira, laranjeira,
maceira/maçaira, ameixeira, moreira, nogueira cerdeira, avelaira… E esse masculino pereiro? Segundo
dizem, é a árvore dos peros, umha variedade de maçás. Pola sua banda, as peras,
que agora estám no seu tempo, dérom origem a umha copla tam simpática como a
que di: Polo almorço dam-me peras/ no
jantar peras me dam/ na merenda pam com peras/ na ceia… peras sem pam!... o
que nos ilustra da popularidade e abundância de fruita tal.
Gabriel Antonio Pereira |
Ora,
estes apelidos botánicos venhem propriamente dos topónimos ou nomes das vilas
que os adoptárom. Vários núcleos Pereira hai tanto na Galiza como em Portugal,
de jeito que é dos apelidos que som propriedade comum (assi como Pereiro
semelharia ser só nosso).
Outra
cousela: pareceria ser um tópico aquilo de que os que levam apelido de frutal
tenhem procedência judea… Contodo…
As personagens.
1
Gabriel Antonio PEREIRA (Montevidéu, 1794.1861), presidente da República (filho
do fidalgo corunhês Antonio Pereira Moscoso -1756-1838- que se afincara no
futuro Uruguai, chegando a importante terratenente), fundador aquel dumha
família económicamente potente e de forte impronta filantrópica nas duas
geraçons seguintes (um parque céntrico, o melhor hospital infantil e o
zoológico capitalinos nascérom do seu património).
Jacob Émile Péreire |
2
Jacob Émile PÉREIRE (Bordeaux, 1800-1875) e seu irmao Isaac PÉREIRE (Bordeaux,
1806-1880), famosos banqueiros a nível européu, os financistas do II Império
francês, eram netos dum matemático e pioneiro professor de surdomudos (Jacobo
Rodríguez Pereira) pacense (seguramente de procedência portuguesa, como, dados
os nomes de pia e a profissom dos netos, tamém, estes si, judéus ancestrais):
um bulevar parisino leva os seus nomes.
3
Carlos PEREYRA (México, 1871-1942, Madrid, onde se radicara anos atrás),
historiador, político conservador, diplomata, um dos contestadores da lenda negra espanhola em América. Sua
mulher, a poeta e prosista, tamém mexicana, MARÍA ENRIQUETA Camarillo de
Pereyra (1872-1968), que foi conhecida simplesmente polo nome de pia, cultivou
umha seródia literatura posromántica.
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