Por
UM-DO-CHAO.
BIÉITEZ & VERMÚDEZ.
Os
apelidos.
Monumento en Bos Aires a Juan Hipólito Vieytes |
Nem toleou o autor nem se trata dumha firma
comercial. Antes de nada, digamos que, sem proporno-lo, com estes som vários seguidos
os apelidos de ordem patronímico que levamos estudado. O primeiro que
procuramos –e seguro que o conseguimos- foi chamar a atençom do leitor,
impactá-lo coa versom inusual, mas correcta, destes dous apelativos de origem
medieval, como todos os do seu grupo.
Tam inusual versom… que nem as famílias que os
detentam ham ser sabedoras da incorrecçom filológica em que incorrem (como a
nossa memória histórica, ainda a familiar, é fraca!). Nom está de mais matizar
que, à fim de contas, as gentes nom som –inda que o creiam assi- donas ou proprietárias
do apelido que levam, apenas som possuidoras ou depositárias dum vocábulo
pertencente à sociedade toda, ou, noutras palavras, à língua que essa sociedade
criou através dos séculos e milénios, património de seu. Por isso é um
disparate que se diga que “os apelidos nom tenhem regras ortográficas”… poisque
as tenhem na medida em que som palavras dum idioma.
BERMÚDEZ, que para nós é galego, se cadra nom exclusivamente,
vem do nome germánico Veremundo, como VIÉITEZ, do nome latino Bieito
(português: Bento): assi queda evidente esse troco tam surpreendente. Bermúdez,
com haver muitos na nossa Terra, é no município corunhês onde mais se dá, aí
reunindo-se o 15% do total galego. E nom digamos do seu composto Bermúdez de
Castro, galego e bem galego nesse feitio fidalgo… mália se extendesse de tal
jeito em terras bem distantes, como Andaluzia… e ainda mais, pois, por obra e
graça do navegante Bermúdez, se espalhou até trascender como topónimo nas
Américas, segundo se verá… passando desde aí a nome comum, coas bermudas (esses pantalons curtos, tam
populares hojendia, que, segundo Papá-Google,
surgirom nas ilhas homónimas, como cómoda roupagem militar)… sem esquecermos o
mítico triángulo das Bermudas. (Nesta
mesma linha gostamos de citar os moscosos,
nome comum da linguagem administrativa, derivado do ministro Javier Moscoso
(1982-1986), seu inventor de galeguíssimo apelido).
Quanto a BIÉITEZ (o Benítez espanhol, mais
correctamente escrito nesta língua), este si absolutamente nosso, cumpre
fixar-nos no seu nome-raíz, BIEITO, que tamém opera de apelido, mesmo na versom
VIEITO (como passa co Benito castelhano).
As
personagens.
1
Juan BERMÚDEZ (século XVI), de Palos de la Frontera, navegante que descobriu a
ilha Bermuda, a maior das Bermudas, colónia inglesa fronte aos EE.UU. de
América (eles chamando Bermuda, em singular, o arquipiélago todo).
2
Salvador BERMÚDEZ DE CASTRO Y DÍAZ (1817-1883), de Jerez de la Frontera,
político, diplomata e historiador, feito marquês de Lema (1858)… cujo solar
ignoramos qual será, se as freguezias Lema (em Arçúa e Carvalho), se a aldeia
da freguezia de Brexo (Cambre).
3
Juan Hipólito VIEYTES (1762-1815), argentino (filho do cambadês Juan Viéitez),
comerciante, jornalista e político, home
de Maio como secretário da Junta portenha de 1810.
O apeligo Arroyo, non sei se o tras investigado.Ten orixe sefardí.
ResponderEliminarGarzas aprezado Un-Do-Chao.
Amigo consultante:
EliminarComo me limito a apelidos galego-portugueses, esse me nom tocou.
Somente quando trato de traduzir REGO o igualo com ARROYO.
Nom che sabia que tinha essa origem. Só sei que hai um vício muito comum de atribuir paternidade (ou maternidade) judea a muito apelido... e assi será nuns casos e nom noutros...
Arroyo, amais, tem-che, quando menos, duas acepçons (isto de memória): 1. a canle dumha rua aonde vam as augas pluviais, daí a rua corunhesa do Rego da Auga (que eu traduço por arroyo). 2. rio pequeno, muito utilizado nas Américas hispanofalantes, onde chamam arroyo a verdadeiros rios, contrariamente à nossa Terra, onde chamamos rios a simples arroyos... Tudo é relativo, e as dimensons americanas originam estas cousas chuscas.
Graças polo teu interesse.
UN-DO-CHAO.