Por
UM-DO-CHAO.
ANDRADE, GRADÍN, ORTUÑO,
VARELA… CEA, MÍGUEZ.
Nom é que este escribidor toleasse…
Já sei que estes som vários e nom O
apelido que adoitamos estudar. É que um muito amigo que mora no Uruguai,
esse paisinho que se déu a conhecer noutrora maiormente polo fútbol, chama-me a
atençom sobre meia dúzia de futbolistas históricos uruguaianos que levarom
apelidos nossos… vários deles de étnia afro’ (negra ou preta). (Convém lembrar
que dito país foi o primeiro no mundo em incluir -1916, e forom dous: Gradín e
Delgado- jogadores pretos nas suas esquadras futbolísticas).
Isabelino GRADÍN |
Assi que por nom quedar mal com
alguém que se molesta em me ler e, mália nom gostar do fútbol e a sua actual
degeneraçom capitalista e violentista… aí vai o feixe de nomes do amigo, ligeiramente comentado:
para isso foi que alteramos a habitual estrutura, pondo primeiro As personagens e por tras Os apelidos.
As personagens.
Fora (José Leandro) ANDRADE (1898-1957,
que já foi tratado por nós), aí temos, antes, a Isabelino GRADÍN (1894-1944),
preto tamém e igualmente corredor, a quem o poeta peruano Parra del Riego lhe
dedicara (1922) o Polirritmo dinámico
que, tempo depois, e no principal teatro montevideano, recitaria a famosa bielorrusa
Berta Singerman perante a emocionada presença do próprio Gradín.
Já na seguinte geraçom, que dizer de
Obdulio Jacinto (Muiño) VARELA (1917-1996), alcumado O Preto Chefe, pois como tal actuou na histórica cita de Maracaná
(Rio de Janeiro, 1950).
Obdulio Jacinto (Muiño) VARELA |
E agora, conta o amigo, surge Washington ORTUÑO
(1928-1973), outro preto, com esse apelido euskera… que nom é tal, e si a
alteraçom do galego ORTOÑO… poisque Ortoño (Miguel) foi um galego que actuou no
Uruguai dacavalo dos séculos XVIII e XIX e, como toda família que tivo
escravos, impuxo-lhes o seu apelido (único exemplo comprovado da procedência do
apelido cristiano nas gentes negras,
poisque nos mais casos nom se déu ainda localizado as famílias –galegas- dos
proprietários de escravos com apelidos nossos). Ortuño foi de Maracaná, mas
ficou no banquillo.
E já que estamos, nom é cousa de esquecermos um
par de jogadores mais, estes nom pretos, cal forom Pedro CEA (1900-1970: o
único nativo, como que era de Redondela)… e Óscar Omar MÍGUEZ (1927-2006), A Máquina de 1949, filho de culherdense.
Os apelidos.
Brevemente: MÍGUEZ (ocioso parece
informarmos é patronímico do nome Miguel), inda que hai opiniom contrária, para
nós é um caso mais de acentuaçom desplazada e devera ser aguda, MIGUEZ (ao
jeito da nossa variante Miguéns, da portuguesa Miguéis e até da espanhola
Miguélez)… defrontada coa acentuaçom grave de Mínguez, que é apócope de
Domínguez. (Como Muñiz devera ser Múñiz, o castelhano Muñoz, Múñoz e o catalám Sanchís,
Sanchis). ANDRADE já foi tratado… e é toponímico, tal como CEA, GRADÍN, ORTOÑO
e VARELA.
Tiven sempre s curiosidade de saber da proceddncis do apelido Sineiro.Discutian se era de orixe portugues.Un nobre portugues que fuxiu de ali e refuxiouse en Galicia.
ResponderEliminarSineiro, para mim, é o que fai ou comercializa sinos, campás, viria sendo umha especialidade de ferreiro, digo eu...que seja português... bem poderia...
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