venres, 14 de febreiro de 2014

UM APELIDO. UM NOME.


                                   Por UM-DO-CHAO.
ANDRADE, GRADÍN, ORTUÑO, VARELA… CEA, MÍGUEZ.

            Nom é que este escribidor toleasse… Já sei que estes som vários e nom O apelido que adoitamos estudar. É que um muito amigo que mora no Uruguai, esse paisinho que se déu a conhecer noutrora maiormente polo fútbol, chama-me a atençom sobre meia dúzia de futbolistas históricos uruguaianos que levarom apelidos nossos… vários deles de étnia afro’ (negra ou preta). (Convém lembrar que dito país foi o primeiro no mundo em incluir -1916, e forom dous: Gradín e Delgado- jogadores pretos nas suas esquadras futbolísticas).
Isabelino GRADÍN
            Assi que por nom quedar mal com alguém que se molesta em me ler e, mália nom gostar do fútbol e a sua actual degeneraçom capitalista e violentista… aí vai o feixe  de nomes do amigo, ligeiramente comentado: para isso foi que alteramos a habitual estrutura, pondo primeiro As personagens e por tras Os apelidos.

As personagens.
            Fora (José Leandro) ANDRADE (1898-1957, que já foi tratado por nós), aí temos, antes, a Isabelino GRADÍN (1894-1944), preto tamém e igualmente corredor, a quem o poeta peruano Parra del Riego lhe dedicara (1922) o Polirritmo dinámico que, tempo depois, e no principal teatro montevideano, recitaria a famosa bielorrusa Berta Singerman perante a emocionada presença do próprio Gradín.
            Já na seguinte geraçom, que dizer de Obdulio Jacinto (Muiño) VARELA (1917-1996), alcumado O Preto Chefe, pois como tal actuou na histórica cita de Maracaná (Rio de Janeiro, 1950).
Obdulio Jacinto (Muiño)
 VARELA 
E agora, conta o amigo, surge Washington ORTUÑO (1928-1973), outro preto, com esse apelido euskera… que nom é tal, e si a alteraçom do galego ORTOÑO… poisque Ortoño (Miguel) foi um galego que actuou no Uruguai dacavalo dos séculos XVIII e XIX e, como toda família que tivo escravos, impuxo-lhes o seu apelido (único exemplo comprovado da procedência do apelido cristiano nas gentes negras, poisque nos mais casos nom se déu ainda localizado as famílias –galegas- dos proprietários de escravos com apelidos nossos). Ortuño foi de Maracaná, mas ficou no banquillo.
E já que estamos, nom é cousa de esquecermos um par de jogadores mais, estes nom pretos, cal forom Pedro CEA (1900-1970: o único nativo, como que era de Redondela)… e Óscar Omar MÍGUEZ (1927-2006), A Máquina de 1949, filho de culherdense.

Os apelidos.

            Brevemente: MÍGUEZ (ocioso parece informarmos é patronímico do nome Miguel), inda que hai opiniom contrária, para nós é um caso mais de acentuaçom desplazada e devera ser aguda, MIGUEZ (ao jeito da nossa variante Miguéns, da portuguesa Miguéis e até da espanhola Miguélez)… defrontada coa acentuaçom grave de Mínguez, que é apócope de Domínguez. (Como Muñiz devera ser Múñiz, o castelhano Muñoz, Múñoz e o catalám Sanchís, Sanchis). ANDRADE já foi tratado… e é toponímico, tal como CEA, GRADÍN, ORTOÑO e VARELA.

2 comentarios:

  1. Tiven sempre s curiosidade de saber da proceddncis do apelido Sineiro.Discutian se era de orixe portugues.Un nobre portugues que fuxiu de ali e refuxiouse en Galicia.

    ResponderEliminar
  2. Sineiro, para mim, é o que fai ou comercializa sinos, campás, viria sendo umha especialidade de ferreiro, digo eu...que seja português... bem poderia...

    ResponderEliminar