domingo, 13 de abril de 2014

UM APELIDO. UM NOME.


            Por UM-DO-CHAO.
                 FIGUEIROA/FIGUEROA.
O apelido.
Francisco Acuña de Figueroa
            Apelido pertencente ao tempo às categorias botánica e toponímica (por suposto, primeiramente àquela), ganhou-lhe de longe, em univesalidade, ao seu básico Figueira, e este proveniente de figo, vocábulo originado no latim ficus (do que nos informa M. Ferrín em princípio denominava à árvore e mais ao fruito dela, semelhante ao que acontecia co espanhol durazno, que acabou se aplicando só ao fruito).
            (Como curiosidade, digamos que hai em Equador umha árvore chamada figueroa, precisamente do género ficus, cuja denominaçom julgamos importada do Brasil vizinho, castelhanizada como é próprio do chamado portunhol, essa mestura de português e espanhol típica dos países fronteiriços co gigante brasileiro). Estando claro que na própria Galiza o genuíno Figueiroa, como apelido, castelhanizou-se em Figueroa dum jeito absoluto, sendo como é que o topónimo prístino alterna co espúrio.
            Faltou-nos dizer que estamos diante dum diminutivo arcaico de figueira (o moderno figueirinha), o qual tem a sua correspondência no espanhol Higueruela e, como este, déu lugar a numerosos topónimos, quer como tal, quer cos seus derivados: Figueirido/Figueiredo (este, operando de apelido, muito expandido no mundo como Figueredo), Figueira e Figueiras, mesmo Figueiro (cujo carácter desconhecemos), assi como os apelativos correspondentes, mais o luso do futbolista Figo, que supomos relacionado com todos eles, talvez significando o que o citado poeta nos descubria).
Pedro Pablo Figueroa
            Nom está de mais, se cadra, advertir que é doado confundir Figueira com Filgueira, sendo plantas tam dissímiles, pois esta última refere-se ao conjunto de felgos ou fentos, tendo, como apelido, as variantes Felgueira e Folgueira).

As personagens.

            Tal difussom tivo este galego apelido que o levarom, em primeiro ou segundo lugar, personagens tam separadas no tempo como o poeta Jorge Manrique ou os literatos “Doctor Thebussen” (Pardo de Figueroa) ou “Silverio Lanza” (Amorós y Figueroa), todos três espanhois. Mesmo entre nós, o vocábulo déu vida ao título nobiliário de marquês de Figueroa, por referência às torres sitas no concelho de Abegondo. Mas vaiamos a umha breve mostra indicativa de nom galegos que o fixerom famoso, casualmente todos do século XIX.
Álvaro de FIGUEROA, conde de Romanones
1 Francisco Acuña de FIGUEROA (1791-1862), uruguaiano filho de galego de Salcedo, poeta, autor da letra dos hinos de Uruguai e Paraguai.
2 Pedro Pablo FIGUEROA (1857-1909), chileno, escritor particularmente biografista, cumha obra monumental.
3 José FIGUEROA Alcorta (1860-1931), argentino, político, presidente da República.

4 Álvaro de FIGUEROA, conde de Romanones (1863-1950), espanhol, político de destacada  actuaçom dentro do partido liberal, presidente do conselho de ministros.

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