Por
UM-DO-CHAO.
FERREIRO.
O apelido.
Apelidos sociais chamam-se aqueles
originados no quefazer do home na sociedade, quer polo seu ofício (Peleteiro),
quer polo seu cargo (Juiz), bem pola sua categoria social (Conde)… Daquela, som
apelidos que estám presentes em todo o mundo, pois ondequer houvo e –cada volta
menos- hai gentes que fabricam cousas coas suas maos ou que desempenham funçons
de governo e administraçom.
O de ferreiro (co seu subsidiário de ferrador) é-vos um ofício de bem antigo nascimento, haveria que aventurar que, em quanto falamos de Idade do Ferro, temos que falar de ferreiros ou proto-ferreiros, homes que fabricavam trebelhos e armas e que, portanto, jogavam um papel vital (ou mortal!) na sua colectividade.
Martín Ferreiro y Peralta |
Daí passou a ser apelido em toda a Europa (nom temos conhecimento para
nos referir a outras línguas e continentes onde se daria igualmente), com
procedência filológica no latim ferro, e do que podemos citar umha longa lista
de exemplos em várias paragens: é o Herrero espanhol, o Ferrer catalám, o
Lefebvre francês, o Smith inglês, o Schmidt alemám… e o Kuznetsov ruso (como
nos ilustrara o lembrado Manolo Riveiro).
Assi como Ferreira, o feminino, é topónimo entre nós e apelido muito
comum em Portugal, cuido que Ferreiro está mais estendido na Galiza.
As personagens.
Nom parece
haver tanto Ferreiro famoso a nível mundial. Mas hai abondo para os nossos
fins. Vedeaí um espanhol, um uruguaiano e mais um galego, mesmo por esta ordem
cronológica:
1 Martín
FERREIRO y Peralta (1830-1896). Madrilenho. Geógrafo e cartógrafo muito
dedicado à área marítima, é recordado principalmente por ter sido (1880)
impulsor da Sociedad Española de
Salvamento de Náufragos, co que isto tivo de filantrópico.
Alfredo Mario Ferreiro |
2 Alfredo
Mario FERREIRO (1899-1959). Uruguaiano. Poeta e jornalista. Adscrito à escola
futurista, cujos títulos das suas obras abondam para darmo-nos ideia do seu
criacionismo humorístico, talvez herdado de seu pai galego: El hombre que se comió un autobús (poemas
con olor a nafta) (1927) ou Se ruega
no dar la mano (poemas profilácticos) (1930). (Anedoticamente digamos que,
por aqueles anos, codirigiu, co corunhês Julio Sigüenza, a revista literária
montevideana Cartel).
3 Celso
Emilio FERREIRO (1912-1979). Porventura o poeta galego mais popular do século
XX, cum lirismo e um dizer incisivo parelhos (adoptando nalgum poemário o
seudónimo de Arístides Silveira). Lembrai Longa noite de pedra ou Onde o mundo se chama Celanova.
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