mércores, 13 de novembro de 2013

UM APELIDO. UM NOME.


                                                                       Por UM-DO-CHAO.
CAAMAÑO.

O apelido.
Roberto Caamaño
Este apelido deriva-se de topónimo (o mais destacado no município sonense), mas diria-se que tem umha origem antroponímica anterior, e nesse sentido teria actuado como alcunha, segundo Méndez Ferrín latino el (caa magno), vindo a significar, daquela,  quam grande
Ora, esa partícula caa forma parte de vários outros topónimos nossos como Caamouco/Caamouço ou Caaveiro; e isto leva-nos aos escasos exemplos, condenados a desaparecer, de vogais duplas: Vaamonde/Baamonde, Maañón/comumente Mañón, Paadín, Saa e Saavedra… ou bem Beemantes (hoje em desuso) ou Boo, Feixoo/Feijó, Rioboo/Riobó, Roo (topónimo de Outes e Noia, coincidente co holandês!), Poo (do navegante Fernao Poo, português que descubriu a actual ilha de Bioko, na república monárquica de Guiné Equatorial)…
Ao tempo que advertimos estes desaparecimentos (veremos que com Caamaño tamém passou), fora das nossas fronteiras, que nos fam justificar esse “h”, enfatizante e arcaico, intercalado por vezes (Bahamonde)… traemos um pintoresco exemplo de homonímia, qual é a palavra caa (ka’á) do guarani paraguaiano (incorporada à toponímia no Caacupé do santuário mariano máximo do país), significando erva.

As personagens.
Francisco Caamaño Deñó
1 JOAQUÍN CAMAÑO (sic) Y BAZÁN (1737-1820). Jesuita de induvitável estirpe galega, nado na Rioja argentina e morto em Valéncia, depois de se ter radicado em Itália, a partir da expulsom da ordem dos reinos de Espanha. No breve mas intenso lapso de 1763-1767 foi misioneiro no Gran Chaco (compartilhado polo Paraguai e Bolívia desde a cruenta guerra do Chaco no século passado), de onde captou a cultura dos chiquitos e a natureza da zona, convertido em importante lexicógrafo, naturalista e cartógrafo… polígrafo em suma.

2 ROBERTO CAAMAÑO (1923-1993). Pianista, compositor e director de orquestra argentino, que mesmo publicou umha Historia del Teatro Colón de Buenos Aires.


3 FRANCISCO CAAMAÑO DEÑÓ (1932-1973). Militar dominicano, neto do compostelám Álvaro Caamaño Sanjurjo. Luitou pola implantaçom da democrácia no seu país, chegando (1965) a breve presidente provisional… e acabando morto de morte matada naquele ano, em plena acçom guerrilheira… o qual o tornou em heroi nacional.

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