luns, 5 de agosto de 2013

Um apelido, um nome: Nóvoa, Noboa

                                                                       Por UM-DO-CHAO

O apelido.
Por antigo, como Quiroga, muito espalhado, sobre todo na regiom ourensá, é originário da freguezia de Santo Estevo de Nóvoa (actual concelho de Carvalheda d’Ávia),  topónimo que, por sua volta, derivaria do latim nóvula, por referência, segundo Méndez Ferrín, a umha propriedade nova.

As personagens.
Seria muito chocante, no nosso afám de salientar a pegada dos apelidos galegos no mundo, omitirmos alguns dos nossos connacionais que alcançárom insoslaiável destaque. Por isso é bom falarmos de:
JUAN DE NÓVOA, navegante do século XVI originário de Mazeda.
FERNANDO DE CASAS Y NÓVOA, o arquitecto, entre outras obras, da fachada do Obradoiro da catedral compostelá. E já modernamente:
ROBERTO NÓVOA SANTOS, o famoso médico e pensador corunhês, e
LEOPOLDO NÓVOA, o pintor pontevedrés e montevideano de sona internacional.

Com todo, hai que reconhecer que, além doutros países latinoamericanos, foi em Ecuador onde florescéu este apelido, isso si, deturpado em NOBOA, com essa dupla distorçom: desplazamento do acento ao segundo “o” e sustituiçom do “v” por “b”. (Cumpre advertir que mesmo no nosso país é corrente usarmos tal nome co acento deslocado).
Seguindo ao erudito Padre Crespo, temos que o fidalgo compostelám DIEGO DE NÓVOA FEIJOO DE CASTRO E SOTOMAYOR passa a Sud América em 1632, encontrando-se avizinhado em Guayaquil (actual República de Ecuador) em 1654, onde ostentou varios cargos civis e militares.

É este um caso singular de estirpe que já leva estes quase quatrocentos anos figurando aquí e alô com persoeiros em todas as geraçons sem soluçom de continuidade, mesmo hoje actuando na política desse país. De tal jeito que podemos afirmar que todos os NOBOA equatorianos procedem daquel tronco galego e, entre eles, sendo de salientar:
DIEGO MARÍA DE NOBOA Y ARTETA (1789-1870), que está entre os próceres da independência (1820, 1830), desempenhando diferentes altos cargos, mesmo, embora brevemente, a presidência da República (1851).
ERNESTO NOBOA Y CAAMAÑO (1891-1927) –de quem adjuntamos retrato-, com esses dous apelidos nossos, reputado como poeta maldito e tamém popular, importante exemplo do modernismo na Literatura de Ecuador, formando parte da “Generación Decapitada” (semelhante à nossa pictórica Geraçom Dolente).


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