martes, 4 de marzo de 2014

UM APELIDO. UM NOME.


                                   Por UM-DO-CHAO.
CERVANTES… SAAVEDRA.
O apelido.
            Bem se verá que a razom de juntarmos estes dous apelidos obedece, simplesmente, a vê-los imortalizados naquel escritor de cujo nome e personagem si que queremos lembrar-nos… umha volta aínda, e fazemo-lo hoje celebrando que, como é universalmente sabido, ambos nomes de família som originados no nosso país… e ambos os dous de procedência toponímica.
     
Monumento a Hernandarias en Bos Aires
       Tem-se tentado fazer derivar Cervantes de Servández, val dizer, atribuir-lhe natureza patronímica; seria um filho de Servando: nom parece subster-se tal rebuscada hipótese (sem citarmos a passagem de d a t, que nom seria difícil), mesmo se observarmos a nom existência, que se saiba, de tal patronímico na que seria a sua susodita forma canónica… U-los outros Servández ao longo da geografia peninsular?
            Ora, nom está de mais sinalar que tal topónimo, nom só temo-lo na Galiza mas tamém o hai na Sanábria samorana (com toda a raíz galega que esta, como as restantes zonas limítrofes nossas a conformarem a Galiza irredenta, poda ter, e de feito tem). Os escasos Cervantes galegos da actualidade, por certo, vivem nos concelhos vizinhos de Meira e Pol. Méndez Ferrín, mais umha volta, aventura que esta palavra, originada no latim cervus, a denominar o formoso mamífero astado que todos sabemos, tamém poderia ter identificado, nessa versom, qualquer indivíduo com tal nome, Cervo (como passa com outros animais, engadimos nós: Lobo, Coelho, Tenreiro…), que subsiste hoje em dia, se bem este, com muita probabilidade, provenha do topónimo Cervo. Os poucos que o levam moram exclusivamente em Viveiro.
Cornelio Saavedra
            E Saavedra?  Bó. Este si que nom permite dúvida algumha. Pois que é absolutamente galaico-português. Se o descompormos, veremos como Saa (existente assi, solto), traduzível literalmente ao moderno sala, aludíu, no seu comezo, a umha edificaçom ailhada no campo com ares pacegos, claro antecedente do paço, um exemplo do qual podemos contemplá-lo na ovetense Santa Maria do Naranco, paço antes do que igreja… talvez mais próximo ao que poderia ser um paradeiro de caça… sendo vocábulo de origem germánica.
            Quanto a Vedra (de feito a correcta escrita devera separar-se em Saa Vedra), nom é mais que o arcaísmo latino vétera (dando veterano) da actual velha, assi presente em topónimos e apelidos tales Pontevedra, Eiravedra (Iravedra como apelido) ou Vilavedra (sem que o demos relacionado coa Lavedra corunhesa… se nom é esta umha derivaçom secular de Saavedra/Savedra, apenas convertendo um S num L)(¿). Folga aclarar que Saa e Saavedra som topónimos que derom nascimento ao apelido (curiosamente, o topónimo Vedra nom o vemos como apelido. .
As personagens.
Saciado o Cervantes co autor do Quixote, só traemos alguns persoeiros Saavedra.
1 Hernando Arias de SAAVEDRA (Hernandarias)(1561-1634), asuncenho, primeiro crioulo ostentando cargo político qual foi o de governador de Rio da Prata e o Paraguai, iniciador da liberaçom do indígena, introdutor do gando vacum na Banda Oriental.

2 Cornelio SAAVEDRA (1759-1829), potosino, primeiro presidente da primeira Junta autonomista portenha (25 de Maio de 1810) e militar. Descia de galegos.

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