martes, 25 de marzo de 2014

UM APELIDO. UM NOME.


                                                    Por UM-DO-CHAO.
VALES E SERRAS.

O apelido.

Vasco Núñez de BALBOA 
           Hoje falaremos de duas, entre as abundantíssimas, castelhanizaçons de apelidos galego-portugueses. Só que esta volta trata-se apenas de traduçons e traduçons correctas, que som as menos danosas, pois limitam-se a pôr a palavra originária noutra língua, sem alterar o sentido, é dizer, mantendo a sua significaçom genuína.
            Assi: Val para Valle, Serra para Sierra, Da Pena para De la Peña, Do Rio para Del Río, Do Campo para Del Campo, etc., etc. (todos estes referidos a nomes geográficos que dam em topónimos).
            Conhecemos um único caso acontecido no século XVIII cum apelido Da Serra, da comarca viveirense (concretamente do actual concelho de Ourol) que, trasplantado às Américas, se véu trocado em De la Sierra e, finalmente, em Sierra a secas. Esse Serra aínda existe hoje, embora nom muito abundante.
            Pois algo similar acontecéu co apelido Do Vale, de Bares… que inda que nom esté suficientemente divulgado, véu dar no Del Valle de Valle-Inclán, aparentemente castelhano (e maismente astur), sendo o tataravô de D. Ramón quem, ali nascido Pablos do Vale, passou a ser em Arousa Pablo del Valle (el e sua mulher pais do ilustrado abate don Francisco del Valle Inclán, criador do famoso Catón Compostelano).
            Essa mesma versom Valle pode, contodo, ser simplesmente a escrita antiga da palavra Vale (ao jeito de Villar/Vilar) e assi se conserva no apelido galego-leonês Ovalle, val dizer, Do Valle/Ovalle (Do Vale).
Alonso de OVALLE
            Tratando de sistematizar, vede-aí as seguintes séries, partindo da base Val.
Val¬Valín (dim. galego oriental)¬Valiño/Baliño (Valinho, coa dúvida de que Valinho seja dim. de Valo/Valado). E os femininos: Abal (Da Val)¬Valiña/Valiñas/Baliñas (Valinhas), lembrando que Val e Cal –español Calle- som, forom, entre outros, vocábulos ambivalentes ou bisexuais. E tamém: Vale/Vales, Doval/Dovale (Do Val/Do Vale). Assi como os compostos Valdesuso, Valmaior, Valcarce (Balcarce na Argentina) ou Valboa (vede-aí novamente o feminino), universalizado como Balboa… coincidindo, curiosamente, co tamém malescrito espanhol Balbuena!
Padre Sarmiento
            Coas correspondências: Valle/Lavalle e os dim. Vallejo/Lavalleja (espanhol), Vall/Valls (catalám), Valli (italiano), Duval (Du Val, francês, tam semelhante ao nosso Doval!), mesmo o Arana euskera… e mais o alemám Thal/Tal (em compostos como Neanderthal, ou com derivados como thaler, dando origem ao dollar anglo).

As personagens.
1) Vasco Núñez de BALBOA (1475-1519), pacense, seique de estirpe galega, descobrindo o Mar del Sur (depois Oceano Pacífico), e dando nome à moeda nacional de Panamá.
2)  Alonso de OVALLE ((1603-1651), chileno, jesuita, cronista do seu país.

3) Pedro García BALBOA (1695-1772), berciano, tamém de pais galegos, o nosso célebre polígrafo Padre Sarmiento.

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